25-05-2011 23:10

 25/05/2011 08h51

 

Prefeito não cumpre promessa que fez ao sindicato dos servidores municipais

Contudo, sindicalista ainda considera o prefeito "um homem flexível e aberto ao diálogo"

 

Romeu Arcanjo
Repórter AgitoMais

 

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itabirito (Sindsmi), em entrevista ao AgitoMais, Roberto José Cesário, garante que como sindicalista não tem bandeira política e que se for preciso entrará com uma ação na Justiça contra a Prefeitura se os servidores municipais não concordarem com o Plano de Cargos e Salários e Vencimentos já feito pela Prefeitura, que está agora na Câmara para apreciação dos vereadores.

A posição de Roberto causa estranheza, uma vez que ele é amigo  e cabo eleitoral do prefeito Manoel, e também ocupa hoje posição importante na Prefeitura: é o diretor de Transporte. “Prefiro ser exonerado como diretor a ver o servidor prejudicado”, garantiu.

Roberto garantiu que antes de a Prefeitura elaborar o Plano, por meio de uma empresa contratada, o secretário de Planejamento, Valmir Pedrosa, afirmou que o sindicato participaria da confecção do documento. Nada feito! O plano foi elaborado sem a participação do Simdsmi. Só depois que já estava na Câmara, é que presidente, vereador Geraldo Mendanha, chamou Roberto Cesário para saber a posição do sindicato.

Democracia ainda que tardia

Apesar da “rasteira” dada pelo prefeito no sindicato e no servidor, Roberto considera Manoel da Mota um “homem flexível e aberto ao diálogo”. “A princípio, não estou aqui para brigar com o Executivo. Acredito que vamos chegar ainda a um acordo que seja bom para o servidor”, disse o presidente.

Segundo Roberto, na Câmara, ainda há tempo de acontecer a participação dos servidores para que o documento seja discutido de forma democrática, e isso inclui a participação do sindicato.

Para o funcionário concursado, que está na Prefeitura há mais de 20 anos, Paulo Cézar Reis, um homem simples que trabalha na Secretaria de Obras, falta no prefeito “vontade de conversar com o servidor”. “Todos os prefeitos iam ao pátio conversar com a gente, explicar o que estava acontecendo. Até o Manoel fazia isso quando foi prefeito pela primeira vez. Hoje não há diálogo entre o servidor e o prefeito. Me parece que só o pessoal da educação foi chamado para discutir o Plano de Cargos”, disse Paulo.

De acordo com a vereadora Rose da Saúde, que também é funcionária concursada (licenciada para legislar), existe um consenso entre os parlamentares municipais (de oposição e situação) para que nada seja aprovado prejudicando o servidor público de Itabirito.

Resumo da história: isso é só o começo de uma longa e tumultuada novela, mas que precisa acontecer para que a Prefeitura tenha um Plano de Cargos atual, inclusive para facilitar a abertura de concurso público (se houver).

 Fonte : https://www.agitomais.com.br/?pg=13&id_busca=3531